sábado, 8 de outubro de 2011

Esporte é saúde?

Assunto polêmico esse. Na minha opinião a resposta é ''depende''. Podemos conceituar esporte grosseiramente como uma atividade ''competitiva'' regulamentada por um conjunto de regras. Partindo dessa idéia até ''amarelinha'' vira esporte, porém, esportes sérios possuem federações regionais, nacionais e até mundiais. Ainda refletindo sobre esse conceito algumas modalidades de academia são esporte e outras não. Quando você pratica uma atividade com o intuito de se preparar para uma competição e esta tiver uma federação por trás ou uma premiação podemos dizer que você esta praticando um esporte. Dando nome aos bois podemos dizer que Musculação pode ou não ser um esporte dependendo da forma que ela é praticada. Existe uma Federação Brasileira de Musculação que regulamenta campeonatos de Supino, Levantamento Terra, Halterofilismo, Fisiculturismo e Fitness e a preparação física para esses esportes acontece dentro das salas de Musculação. Obviamente não podemos comparar os treinos de musculação de alunos comuns de academia com os treinos de atletas profissionais por mais pesado que esses alunos treinem. Partindo desse novo ponto não dá para comparar o surfista e o peladeiro de fim de semana com o surfista profissional e com o jogador profissional de futebol. A corrida é um esporte interessante onde atletas profissionais podem se misturam com amadores dependendo do evento. Em competições maiores atletas de ponta largam no pelotão de elite enquanto o povão fica bem atrás.
O esporte pode ser saudável se o classificarmos da forma correta. Ele pode ser recreativo, amador, semi-profissional e profissional. Recreativo quando não existe uma premiação ou uma grande organização envolvida, exemplo: Uma partida de futebol society. Amador quando existe uma competição organizada e com uma premiação modesta mas é um evento que geralmente não tem uma continuidade ou seja ele se encerra dentro dele mesmo. Exemplo. Um campeonato de Supino dentro de uma academia de ginástica com os próprios alunos competindo entre si. Semi-profissional eu coloco os jogos regionais onde existem delegações que representam as cidades e alguns atletas ''são pagos'' para competir, a grande maioria não é paga mais alguns são. E finalmente o esporte profissional onde dependendo do esporte existem os famosos salários milionarios, cobertura massiça da mídia etc. Na minha opinião quanto mais alto o nível técnico da competição menos saudável ela se torna para os atletas. Tudo bem que os atletas são ''superpreparados'' mas o risco de um atleta desse nível se lesionar é bem maior do que do atleta amador devido a intensidade dos treinamentos e dá própria competição. Exemplos: Ronaldo o Fenômeno declarou no seu fim de carreira que estava jogando no sacrificio suportando dia após dias dores terriveis devido a série de contusões que teve durante toda sua carreira. Isso é saudavel? Um atleta amador ou semi-profissional poderia dar um tempo caso se machucasse pois o emprego principal dele não é o esporte mas um atleta profissional precisa fazer fisioterapia, voltar aos treinos e voltar para a competição sentindo ou não dor. Hoje em dia a maioria dos atletas profissionais tem consciência que quando se aposentarem podem ter sequelas físicas irreversiveis dos treinos e das competições super intensas.
Eu sou a favor da grande frase da MPB brasileira ''cada um no seu quadrado''. Quem quer praticar esporte com o intuito de recreação divirta-se mas não exagere, quem for amador procure a orientação de um profissional de educação física e faça uma preparação física específica para poder praticar seu esporte com mais segurança, semi-profissionais e profissionais não preciso nem dizer porque já existe uma equipe de profissionais por trás deles. Classifico a maioria dos corredores de rua como atletas amadores e recomendo que todos tenham uma preparação física ao invés de só correrem, a musculação é essencial para preservar as articulações e o alongamento excelente para recuperação muscular pós treino. Corro o risco de ser apedrejado em praça pública mas sou contra alunos comuns terem menos de 10% de gordura corporal, menos que isso é percentual de gordura de atletas semi-profissionais e profissionais. Tudo isso para que? Para mostrar o tanquinho na praia? Para ganhar mais ficantes na balada? Eu acho que se a pessoa não é atleta de nível semi-profissional para cima não vejo a necessidade de encher o rabo de suplementos e treinar 3 horas por dia. Na minha opinião é um desperdício de energia por um motivo fútil. Nesse caso a atividade física além de não ser um esporte também deixa de ser um hábito saudável.

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